Unindo elegância, sustentabilidade e cultura, as biojoias do Brasil têm conquistado até mesmo o mercado internacional, chegando à Paris Fashion Week, em 2019.
A flora brasileira possui uma diversidade riquíssima e, a partir dos encantos oferecidos pela natureza, artesãos e designers de joias têm inserido a personalidade brasileira em acessórios sofisticados e belos.
Ficou curioso para saber mais sobre essas joias que unem beleza nacional e sustentabilidade?
Então você não pode perder este artigo, em que irei abordar mais sobre a importância das biojoias do Brasil e as principais plantas e elementos utilizados em sua criação.
A importância das biojoias do brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 46 mil espécies de vegetais registradas.
Toda essa riqueza pode ser aproveitada e transformada em diferentes tipos de adereços. As biojoias do Brasil promovem a conscientização sobre a reutilização de materiais orgânicos (cascas, sementes, conchas, folhas) e suas mil e uma possibilidades de uso.
Também possuem um papel fundamental na valorização da cultura nacional, resgatando valores e tradições de diferentes povos brasileiros.
Desse modo, as biojoias brasileiras carregam a natureza em seu interior, eternizando-a. E esses exemplares passam por alguns processos artesanais até estarem prontos para uso.
Me acompanhe para descobrir como.
Como as biojoias brasileiras são criadas
Você deve estar se perguntando como os materiais orgânicos que compõem uma biojoia podem durar tanto tempo. Existe todo um procedimento pelo qual as peças passam para evitar o deterioramento.
Primeiramente, são escolhidos os materiais a serem utilizados, de acordo com a biodiversidade de cada região.
Não importa o estado em que os elementos são encontrados, pois, com criatividade, diferentes aplicações são possíveis.
A matéria-prima passa por processos de esterilização e polimerização para retirar toda a umidade presente, evitando a proliferação de bactérias e fungos.
Logo após, é realizado um banho de cobre, dando forma metalizada e única aos elementos.
A partir daí, as possibilidades são infinitas: algumas joias são banhadas a ouro ou prata, são incluídas pedras naturais e cristais, e transformadas em pulseiras, anéis, colares, brincos e pingentes.
A beleza das biojoias está não apenas em sua originalidade, como também na questão da sustentabilidade e da preservação ambiental.
Tipos de biojoias produzidas no Brasil
As biojoias do Brasil são produzidas por meio da transformação de flores, frutos, sementes, pedras e elementos orgânicos presentes no ecossistema brasileiro.
Em sua grande maioria, são materiais coletados que já se encontram no chão e que seriam descartados.
Dois tipos de biojoias brasileiras bastante conhecidas são as biojoias do cerrado e as biojoias da Amazônia.
Biojoia do cerrado
Considerado o segundo maior bioma do país, o cerrado possui como características predominantes vegetação de arbustos e gramíneas, além de árvores tortuosas e de tronco mais grosso.
Alguns elementos naturais do cerrado frequentemente aproveitados na criação de biojoias são:
Casca de coco
Geralmente descartada, a casca de coco é facilmente encontrada e traz conotação mais rústica aos materiais.
Apesar de fina e lisa, a casca de coco é muito resistente e é aproveitada tanto em seu formato natural quanto banhada em ouro e prata, dando um caráter mais sofisticado às peças.
Semente olho de cabra
Espécie do cerrado brasileiro, a árvore olho de cabra produz sementes de aparência arredondada e marcante, com suas cores preta e vermelha.
Conhecida por espantar a inveja e o olho gordo, é comumente aproveitada principalmente na criação de colares e pulseiras.
Biojoia da Amazônia
A Amazônia abrange a maior floresta tropical do mundo, sendo considerado o ecossistema com maior biodiversidade em evidência.
Conheça alguns de seus elementos mais utilizados na produção de biojoias:
Semente de tucumã
Provindas da palmeira Tucumã, nativa da região amazônica, possui frutos adocicados que lembram o damasco.
Suas sementes, de cor escura e forma arredondada, são reaproveitadas na confecção de brincos, pulseiras e colares.
Pele de tilápia
Até mesmo a pele do peixe encontrado nas águas da bacia do rio Amazonas, antes descartada, dão vida a diferentes tipos de acessórios.
Apesar de fino, o material é bastante resistente e pode ser pintado de diferentes cores e tons.
Semente de jarina
Considerada o “marfim vegetal” devido às suas cores, que se assemelham ao marfim original, as sementes de jarina se originam de uma palmeira característica da região.
Além de ser aproveitada na produção de biojoias, também é comumente utilizada na fabricação de botões.
Viu só como a biodiversidade brasileira é incrível? São tantas possibilidades de criação com a representatividade da arte nacional, não é mesmo?
E tudo isso protegendo o meio ambiente e valorizando a cultura de cada região do país.
Que tal fazer parte dessa corrente? Te apresento o colar filtro dos sonhos em capim dourado. Uma peça exclusiva produzida com consciência ambiental e que valoriza uma das preciosidades do cerrado brasileiro.
Espero que goste! Gratidão!