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O que é meditação ativa? Saiba a diferença entre meditação passiva e pratique

Escrito por Augusto Marques

Quando você pensa em alguém meditando, qual é a primeira cena que vem à sua mente? Posso apostar que é a figura de uma pessoa sentada de pernas cruzadas, imóvel, de olhos fechados e respirando profundamente. Acertei? Isso é porque você provavelmente ainda não conhece o que é meditação ativa.

Com essa prática alternativa, é possível obter os mesmos benefícios da meditação tradicional, só que utilizando gestos, emitindo sons, ouvindo música e até mesmo dançando. Acontece que qualquer atividade realizada com foco concentrado é considerada um processo de meditação.

Quer entender melhor? Então continue a leitura para conhecer o conceito de meditação ativa, seus maiores benefícios e os tipos de práticas existentes.

Entenda o que é meditação ativa

Criada na década de 1960 pelo indiano Bhagwan Shree Rajnessh, mais conhecido como Osho, a meditação ativa envolve técnicas integradas da prática milenar oriental, que busca o silêncio interior, com o conhecimento da psicologia e de procedimentos terapêuticos ocidentais.

O guru gerou uma revolução nos preceitos da meditação tradicional, que acabavam impedindo e afastando pessoas mais agitadas e ansiosas de tentarem praticá-la. Assim, o desejo de Osho era tornar a meditação um processo prazeroso e facilmente praticável por qualquer indivíduo, além de aliar suas práticas ao novo estilo de vida contemporâneo.

Na meditação ativa, também conhecida como meditação dinâmica, ocorre a liberação energética e emocional, em sessões em que seus participantes gritam, pulam, caminham, dançam, riem, choram, e se expressam de diferentes maneiras.

E como é possível entrar em estado meditativo com essas ações? Combinando atividades intensas com momentos de observação e celebração, os praticantes concentram-se na atividade desempenhada até entrar em estado de flow, quando há imersão total no processo. Dessa forma, ocorre a conexão máxima com o eu interior e as interferências externas são bloqueadas.

Os movimentos realizados nas práticas eliminam as tensões musculares e auxiliam no desenvolvimento do equilíbrio e da consciência corporal. A imaginação ativa envolvida nas técnicas de meditação dinâmica também auxilia na geração de mudanças internas e de insights valiosos.

“Meditação não é algo que você faz de manhã e termina, meditação é algo que você tem que seguir vivendo a cada momento de sua vida. Caminhando, dormindo, sentado, conversando, ouvindo – tem que se tornar uma espécie de clima. Uma pessoa relaxada continua nesse estado. Uma pessoa que segue abandonando o passado permanece meditativa.” Osho

Osho defende que a meditação ativa pode ser realizada em qualquer momento da rotina para que seus efeitos sejam sentidos, pois a atenção plena é o segredo de qualquer prática meditativa.

Mas, na prática, quais são as diferenças entre meditação ativa e meditação passiva? É o que você vai entender a seguir.

Meditação Ativa x Meditação Passiva

Em sua essência, as práticas de meditação envolvem aumento da consciência mental e dos pensamentos. A distinção entre as modalidades ativa e passiva está apenas no modo como esses objetivos são alcançados.

Ao contrário da meditação ativa, as práticas de meditação passiva são mais calmas e demandam profunda concentração mental. Também envolvem visualização e relaxamento do corpo, com foco em uma postura única e imóvel.

Mesmo com técnicas divergentes, ambas as técnicas exigem consistência para que sejam realmente eficazes. Vale lembrar também que uma prática não impede a execução da outra. Na verdade, a combinação dos dois tipos de meditação pode ser uma ótima pedida para a manutenção integral da saúde mental.

Afinal, o que realmente importa é aprender como meditar para se ter momentos de pausa, poder observar a si mesmo e desacelerar o ritmo de uma vida frenética.

Benefícios da prática

Você deve saber qual é a importância da meditação, só que com o estilo de vida atual, fica cada vez mais difícil se manter em uma posição enquanto observa o fluxo de pensamentos em silêncio, não é mesmo?

Se assim como grande parte das pessoas você sente que a meditação passiva te deixa mais ansioso, mas ainda deseja se reconectar com sua essência e desenvolver a autoconsciência, a meditação ativa pode ser uma ótima alternativa.

Algumas pesquisas já comprovaram a eficácia das práticas de meditação dinâmica para quem deseja:

  • Diminuir a ansiedade e o estresse;
  • obter mais consciência corporal;
  • aliviar dores e tensões;
  • desbloquear emoções;
  • sentir-se grato e pleno;
  • gerar boas ideias e insights;
  • reencontrar-se com o eu interior;
  • obter clareza mental;
  • desenvolver a autoconfiança;
  • aceitar o fluxo de pensamentos;
  • ter uma visão mais otimista da vida;
  • melhorar o sono;
  • desenvolver o autoconhecimento;
  • ter mais energia;
  • E diminuir comportamentos agressivos.

Se você anda se sentindo preocupado com o futuro, quer se manter centrado ou possui problemas em relacionamentos interpessoais, os exercícios de alta intensidade da meditação ativa são uma ótima opção.

Então, que tal se permitir ter esses momentos de flow e desacelerar ao mesmo tempo em que desenvolve seu equilíbrio emocional e espiritual? Para isso, vou te explicar algumas técnicas utilizadas nas sessões de meditação ativa.

Tipos de meditação ativa

Dentro da meditação ativa, existem algumas metodologias com técnicas específicas. Entre elas, encontram-se práticas como Osho, Nataraj, Chakra Breathing e Nadabrahma.

Essas meditações utilizam a combinação de sons, movimentos e técnicas de respiração. Em todas elas, é preciso se entregar, deixando a vergonha de lado e esquecendo os padrões da meditação tradicional.

Osho: Envolve ações aceleradas e intensas, trabalhando a respiração e a expressão de emoções reprimidas, utilizando a fala, grito e o choro. O objetivo de sua prática é romper velhos padrões e atitudes negativas.

A prática Osho possui 5 estágios:

  • respiração sem padrão: alternância entre inspirações intensas, rápidas e rasas, em que o foco deve estar na expiração;
  • expressão total do corpo: liberdade para se fazer o que desejar no momento: falar, gritar, chorar, sorrir, dançar;
  • elevação dos braços acima da cabeça, combinada com pulos frequentes e gritos do mantra “Hoo! Hoo! Hoo!”;
  • pausa como estátua: congelamento em uma posição por cerca de 15 minutos, enquanto se observa o comportamento do corpo;
  • comemoração com dança e música.

Nataraj: A técnica central dessa meditação é a dança livre, com o acompanhamento de uma trilha sonora específica. No Nataraj, o propósito é obter consciência corporal a partir da repetição de movimentos sincronizados.

Sua prática envolve 3 etapas:

  • Dança livre: o praticante deve realizar movimentos inconscientes, sem seguir algum padrão ou controle;
  • integração da energia e relaxamento;
  • celebração com dança: nesse momento é realizada uma série fixa de movimentos, promovendo o estado de flow.

Chakra breathing: Essa técnica utiliza exercícios de respiração e consciência dos chakras com o intuito de desbloqueá-los e alinhá-los. Seus momentos são divididos em:

  • Respiração de modo individual de cada chakra;
  • e concentração e relaxamento, em silêncio.

Nadabrahma: Essa meditação utiliza o som interno e movimentos das mãos como prática terapêutica para desenvolver a autocompaixão e a tranquilidade. Além disso, estimula o foco no terceiro olho, chakra referente à visão interior.

Ela é separada em 3 processos:

  • Vibração corporal por meio do som (humming);
  • combinação entre movimentos das mãos com os sons emitidos;
  • e relaxamento e integração da energia.

A correria do dia a dia nos afasta de nossa essência, e é exatamente por isso que descobrir o que é meditação ativa é importante para que você possa incluí-la em seu dia a dia.

A prática proposta por Osho permite aos seus praticantes acessar novos estados de consciência, desenvolver a resiliência e promover a saúde de maneira holística, além de contribuir para a formação de um indivíduo mais integrado, criativo e conectado ao seu coração.

Como você pode perceber, o criador dessa prática foi uma pessoa inspiradora que deixou como legado diversos conhecimentos valiosos. Por isso, sugiro a leitura do artigo com 12 pensamentos de Osho. Tenho certeza que você terá bons momentos de reflexão!

Sobre o autor

Augusto Marques

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